domingo, 18 de setembro de 2011

Uma Luta pela Educação de Qualidade



Publicado em 11/08/2011
Jornal O Globo, Jornal de Bairros, Zona Sul


Pelos corredores de duas edificações históricas paira, desde março, um clima de apreensão. Pais de alunos, reabilitantes e servidores do Instituto Benjamin Constant (IBC) e do Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines) temem que o texto de migração de alunos com necessidades especiais para a rede pública de ensino, previsto na chamada Meta 4 do novo Plano Nacional de Educação, seja aprovado no Congresso.

O receio gerou um movimento nas redes sociais, “O IBC não pode fechar”, e um abaixo-assinado destinado ao Ministério da Educação (MEC).


Por meio de sua assessoria de imprensa, o ministro da Educação, Fernando Haddad, alega que, com a Meta 4 do Plano Nacional de Educação, o governo quer ampliar o acesso à escola. Segundo ele, o MEC tem como objetivo “oferecer oportunidades a mais, para que crianças tenham atendimento integral”.


Mas os presidentes da Associação de Pais do IBC, Luciano Pozino, e do Ines, Antonio Carvalho, veem o projeto de outro modo.

— O MEC quer oferecer dupla matrícula, ou seja, estudo em escolas convencionais pela manhã e, à tarde, reforço em unidades especiais, se houver necessidade. Na prática, isso significa que o ensino de excelência dado aos nossos filhos será colocado em segundo plano — diz Pozino.


— Não temos acesso às discussões do Congresso. Gostaríamos de propor mudanças no projeto pedagógico em discussão. Precisam nos ouvir — reclama Carvalho.
A diretora em exercício do IBC, Maria da Glória Almeida, diz que a solução é aliar educação especial a ensino inclusivo.


— Fala-se em inclusão como algo pensado só agora. No IBC, tudo isso começou há mais de um século — diz a diretora, cega desde os 6 anos e ex-aluna da instituição.




Fonte: http://oglobo.globo.com/rio/bairros/posts/2011/08/11/uma-luta-por-mais-compreensao-397438.asp

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